Domingo, 2 de Setembro de 2012

Perdição Proíbida 14ºcap.

 

 

Ora bem mais um fresquinho.

Meus caros/as amigos/as está na hora de mudanças. Toca a fazer as malas.

Que me dizem de viagens sem destino?

Espero que gostem, e que opinem bom ou mal, a gerência agradece.

Abreijos JezzTH e Snowflake

 

 

 

Sentindo-se novamente renegado, e mais ainda destroçado. Foi então que tomou a iniciativa de regressar a casa, desta vez, sem a companhia do irmão mais novo, que ao que parecia, estaria mais divertido e feliz que ele.

Sentou-se no sofá, acompanhado por um copo de uísque, com muito gelo, tal como gosta. Tinha a sua cabeça numa confusão tremenda, que mais parecia que ia explodir, o seu corpo num traste e o coração... se é que existia coração.

Uma pergunta insistia na sua mente, " Paixão? Mas porquê?" e automaticamente a sua consciência respondia "Porque tinhas de assentar, porque faz parte da vida", irritado pela resposta, pois a consciência só lhe dava respostas destas, chegava a compará-la com o seu irmão Bill, nas suas profecias da vida, bebeu o conteúdo do copo num ápice.

 

- Tinha de assentar, mas que belo acento.

- Que estás para aí a resmungar, sozinho? - Perguntara Bill, que tinha acabado de chegar.

- Já sei o que vou fazer. - fez uma pausa, olhando para o gémeo que se encontrava curioso e ao mesmo tempo assustado, pelas ideias do irmão. - Já estive muito tempo em Londres, está na hora de regressar ás minhas viagens.

- Gostava que me pudesses contar o que se anda a passar com a tua vida, confiavas em mim para tudo, qual a diferença agora?

- Meu caro irmão, o problema não és tu, nem eu, acho. Não posso te contar uma coisa há qual nem eu sei, nem eu compreendo. Só sei que já estive aqui tempo demasiado.

- Vais para onde desta vez.

- Acho que não tenho destino definido. - Atirou.

 

Saiu, dirigindo-se para o exterior da sua casa, mas apropriada como um castelo, puxou um cigarro, acendeu e expirando o fumo respirou fundo. Não era feito para aquele tipo de sentimentos e isso era notório, agora percebia o porquê de nunca se querer apaixonar. Perguntava-se como é que toda a gente adorava a sensação de estar apaixonado, Tom não gostava! Estar confuso, sempre atrapalhado na presença da pessoa (ou apenas da sua voz), completamente trocado e baralhado, aquilo certamente não era vida para si.

Não tardou muito tempo até se recompor, tomando atitude e encarando a vida, recomeçou por fazer as malas. "Iria voltar tudo ao normal", era o seu pensamento que falava. Acabando os seus afazeres, deitou-se na sua espaçosa cama, espaçosa até demais para apenas uma pessoa, coisas típicas da sua sociedade, pousou a cabeça sobre a almofada e aninhou-se que nem uma criança nos lençóis de ceda.

 

- Há! Meu querido filho, de malas? Vais voltar a viajar? - Perguntava seu pai, vendo as malas na entrada.

- Já está na hora meu pai. - Apesar de não ter grande consideração pelo seu pai, pois sabia que a falecida sua mãe, sofria muito com as atrocidades daquele homem, mantinha uma relação de respeito com o mesmo. Despedindo-se assim do pai e do irmão, e fez caminho á estrada.

 

[ Natasha ]

 

 

Aterrei no sofá, depois de uma noite exausta de trabalho, encostei a cabeça para trás e dei por mim a pensar em Tom. Tom? Mais parecia que tinha confiança para lhe chamar apenas por Tom. E mais uma vez, a pensar naquelas mãos grossas, mãos de Homem, a tomar o meu corpo como seu, do seu cheiro suave e de bom perfume, dos seus lábios, que me beijava de uma forma selvagem e doce ao mesmo tempo, parece que ele nunca mais saiu do meu corpo.
Sinto uma sensação de mau estar cada vez que me entrego a outrem, nenhum tem a capacidade de me fazer especial como o conde Tom.
- Bom dia preguiçosa. - Ria-se para mim.
- Preguiçosa porquê, hein?
- Por teres adormecido no sofá, de roupa e... - Salientou. - De salto altos. Já para não falar dessa tua maquilhagem toda espalhada na tua cara. - Riu-se.
- Ri-te á vontade, já percebi, vou tomar banho. E tu onde vais tão cedo?
- Não é muito cedo, vou sair com o Bill.
- Bill? Já é assim? E eu a reclamar comigo. - suspirei. - Tem cuidado Elysabeth.
- Eu tenho sim. E tu podias estar como eu, vê se tratas de ser feliz.
Eu sou feliz, que quis ela dizer com aquilo?

 

publicado por JezzTH às 02:43
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