Ora bem mais um fresquinho.
Meus caros/as amigos/as está na hora de mudanças. Toca a fazer as malas.
Que me dizem de viagens sem destino?
Espero que gostem, e que opinem bom ou mal, a gerência agradece.
Abreijos JezzTH e Snowflake
Sentindo-se novamente renegado, e mais ainda destroçado. Foi então que tomou a iniciativa de regressar a casa, desta vez, sem a companhia do irmão mais novo, que ao que parecia, estaria mais divertido e feliz que ele.
Sentou-se no sofá, acompanhado por um copo de uísque, com muito gelo, tal como gosta. Tinha a sua cabeça numa confusão tremenda, que mais parecia que ia explodir, o seu corpo num traste e o coração... se é que existia coração.
Uma pergunta insistia na sua mente, " Paixão? Mas porquê?" e automaticamente a sua consciência respondia "Porque tinhas de assentar, porque faz parte da vida", irritado pela resposta, pois a consciência só lhe dava respostas destas, chegava a compará-la com o seu irmão Bill, nas suas profecias da vida, bebeu o conteúdo do copo num ápice.
- Tinha de assentar, mas que belo acento.
- Que estás para aí a resmungar, sozinho? - Perguntara Bill, que tinha acabado de chegar.
- Já sei o que vou fazer. - fez uma pausa, olhando para o gémeo que se encontrava curioso e ao mesmo tempo assustado, pelas ideias do irmão. - Já estive muito tempo em Londres, está na hora de regressar ás minhas viagens.
- Gostava que me pudesses contar o que se anda a passar com a tua vida, confiavas em mim para tudo, qual a diferença agora?
- Meu caro irmão, o problema não és tu, nem eu, acho. Não posso te contar uma coisa há qual nem eu sei, nem eu compreendo. Só sei que já estive aqui tempo demasiado.
- Vais para onde desta vez.
- Acho que não tenho destino definido. - Atirou.
Saiu, dirigindo-se para o exterior da sua casa, mas apropriada como um castelo, puxou um cigarro, acendeu e expirando o fumo respirou fundo. Não era feito para aquele tipo de sentimentos e isso era notório, agora percebia o porquê de nunca se querer apaixonar. Perguntava-se como é que toda a gente adorava a sensação de estar apaixonado, Tom não gostava! Estar confuso, sempre atrapalhado na presença da pessoa (ou apenas da sua voz), completamente trocado e baralhado, aquilo certamente não era vida para si.
Não tardou muito tempo até se recompor, tomando atitude e encarando a vida, recomeçou por fazer as malas. "Iria voltar tudo ao normal", era o seu pensamento que falava. Acabando os seus afazeres, deitou-se na sua espaçosa cama, espaçosa até demais para apenas uma pessoa, coisas típicas da sua sociedade, pousou a cabeça sobre a almofada e aninhou-se que nem uma criança nos lençóis de ceda.
- Há! Meu querido filho, de malas? Vais voltar a viajar? - Perguntava seu pai, vendo as malas na entrada.
- Já está na hora meu pai. - Apesar de não ter grande consideração pelo seu pai, pois sabia que a falecida sua mãe, sofria muito com as atrocidades daquele homem, mantinha uma relação de respeito com o mesmo. Despedindo-se assim do pai e do irmão, e fez caminho á estrada.
[ Natasha ]
Save me with your light tonight
You can make the darkness shine
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